quinta-feira, 28 de março de 2013

Dia do Circo isso te faz lembrar alguma coisa?

27 de março é o Dia do Circo, você sabia? -  Por José Cícero* 


Ùltimo circo a passar por Aurora em 2011 - Lateral da antiga estação:Antigo local que não mais existe visto que foi completamente ocupado pela especulação imobiliária

‘Respeitável público’!
Lembremos do dia dedicado ao Circo...

Artigo dedicado a memória do palhaço Fuxico

O dia 27 de março no Brasil é consagrado ao 'Dia Nacional do Circo'. A data foi escolhida em homenagem ao famoso palhaço paulista Piolin que nascera neste dia, no distante ano de 1897. É lamentável que o dia dedicado ao Circo tenha praticamente passado em branco em todo o país. Nem mesma nas escolas o dia do circo foi sequer lembrando. E muito menos nos meios de comunicação. Já o Big Brother da Globo...sic.
Como está sendo melancólico o acelerado desaparecimento da arte circense em todo o Brasil. Logo o circo que no passado, por este país inteiro desempenhou um bonito papel no campo social, artístico e cultural. Num tempo é que a tecnologia era uma utopia distante e o progresso, praticamente não existia, sobretudo nos longínquos rincões deste Brasil foi o circo que levava novidades, alegria, lazer e entretenimento.
A chegada do circo no nosso interior era de fato, um grande acontecimento social. Algo que conseguia mexer com o cotidiano da comunidade. Uma festa que instigava a emoção e a sensibilidades de todos os habitantes do lugar, muito especialmente das crianças e juventude. O circo, além de tudo isso, era igualmente uma ferramenta de educação que conseguia mobilizar parcelas importantes da sociedade por meio da arte e da comunicação.
Além de uma extensa lista de históricas brincadeiras que tinha o palhaço com a figura central do acontecimento, senão o mais importante personagem da companhia. O circo também ajudou a eternizar grande apresentações musicais, mágicas, malabarismo, danças, equilibristas, engolidores de fogo, velas(baianas)dançarinas, domadores de animais, mágicos famosos e outras atividades inusitadas. Era também espaço importante para o surgimento de novos artistas pelo país inteiro. Palco de renomados cantores e de grandes encenações teatrais. Peças consagradas pelo povão e de renomes mundiais. Obras da literatura e do teatro que só conseguiam chegar aos sertões, por conta do pioneirismo extraordinário do velho circo.
Quantas histórias e quantas tragédias não se passaram sob as empanadas do velho circo. Quantas recordações. Quantas saudades... Afinal de contas, o circo desde muito se constitui como uma das mais sensacionais memórias afetivas do povo. O circo, assim como o trem e os velhos parques de diversões, foram um dia, por assim dizer, a grande novidade de gerações inteiras... Mas atualmente está guardado para sempre no fundo do baú das nossas recordações mais sentidas e emocionantes. Uma saudade das mais doídas. Relembranças que ainda hoje povoa de bela imagens todo o imaginário coletivos os brasileiros, notadamente os interioranos.
Com o fim do circo, fico ainda mais triste, imaginando que os meus filhos nunca terão a grata oportunidade de puderem experimentar a gostosa sensação que era, estarmos sob a empanada, diante do picadeiro e por sobre os poleiros de tábuas conferindo de perto(ao vivo) todas as apresentações circenses. Coisas que o passado levou para bem longe e que não voltam jamais. Um passado de recordações das mais alegres e felizes...
E aí eu me pergunto. Então, de que os meus filhos deverão sentir saudades. Se nada mais daquele verdadeiro fenômeno existe? Se o espetáculo circense há muito que terminou? É como se a própria vida perdesse um pouco do seu antigo brilho. Como se o seu velho colorido romântico e artístico tenham se perdido, dissipados nas brumas do tempo.
Uma pena que nem mesmo no dia dedicado ao circo, os brasileiros sequer se deram conta desta simbólica homenagem a um dos movimentos mais importantes da história cultural e provinciana deste país continental.
Digamos assim mesmo, mesmo que ninguém mais se dê conta – Viva o circo! E que o circo viva para o todo e sempre vivo dentre de cada um de nós. Pois somos privilegiados pelo fato de ainda termos memória e conseguirmos sentir saudades do passado.
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José Cícero
Secretário de Cultura e Turismo
Aurora – CE.
Fotos: 1-3 Internet(caricaturas). 2 - Circo Kelvin e 34- Palhaço Fuxixo de Aurora(- Arquivo JC)

quarta-feira, 20 de março de 2013

PROJETO MEMÓRIA:Descendente do Coronel Xavier é recebido em AURORA

Prof. José Cícero recebendo em sua residência  Audízio Xavier e filho

Em visita à exposição iconográfica na sede da Seculte-Aurora
Descendentes do fundador de Aurora no início da rua  Cel. Xavier
Audízio e seu filho em frente ao antigo casarão do cel. Xavier em Aurora
'pentaneto' do cel. Xavier,  Sec. José Cícero e  Sebastião Maciel - AFA/CE.
Sebastião Maciel(AFA), Audízio, João Silva(secult), Tiago e Magá

"Pentaneto" do cel. Fco. Xavier de Sousa - o fundador de Aurora, esteve em visita ao município no último sábado    


Depois de 182 anos quando chegou em Aurora (Venda) vindo de Aracati, Fco. Xavier de Sousa, tido como (co)fundador deste núcleo urbano; agora um descendente direto do velho coronel realiza visita à terrinha do Salgado. 
Trata-se do jovem Sr. Audízio Xavier(foto) que no último sábado(12) foi recepcionado pelo secretário de Cultura e Turismo do município o professor José Cícero em sua residência no Araçá.
Ciceroneado pelo secretário assim como pelo assessor de cultura João Silva o representante dos Xavier visitou ainda a sede da Secult onde está montada a exposição de fotografias antigas d'Aurora, a  rua  Cel. Xavier(a mais antiga da urbe) que recebe o nome do varão. Em seguida visitou a praça da matriz e o centenário casarão edificado pelo coronel em 1831 que durante muitos anos foi considerado como a mais importante e imponente moradia não apens de Aurora mas de todo o Cariri Oriental.
"Pentaneto" do coronel Xavier, o cearense de Fortaleza Audízio esteve na cidade em companhia do seu filho, que por consequência genealógica Fco Xavier de Sousa já seria seu 'sexto avô' em linha direta de descendência da estirpe familiar. 
Audízio Xavier e filho na igreja matriz
O descendente dos Xavier passara o final de semana no Cariri, como forma de ultimar os preparativos organacionais com vista a articulação do II  grande Encontro da família Xavier, previsto para acontecer na primeira metade do mês de julho no hotel Verdes Vale  em Juazeiro do Norte. Em cujo encontro, o secretário José Cícero participará como convidado quando proferirá uma das várias palestras acerca do tema, intitulada: "Origens da família Xavier - de Aracati à Aurora no Ceará".  
O prefeito Adailton Macedo, que no sábado se encontrava viajando, também será um dos convidados a tomar parte do grande encontro dos Xavier na cidade juazeirense. A programação constará ainda de uma série de visitas técnicas acompanhadas  em Barbalha, Exu-PE e em Ipueiras dos Xavier distrido de Serrita em Pernambuco, dentre outras atividades, conforme explicou o próprio organizador do evento.
O conhecido e renomado historiador e cronista caririense Dr. Napoleão Tavares Neves fará sua palestra sob o título: "Família Xavier em crônicas cangaceiras".
Vale ressaltar que depois de Aurora, foi a vila de Ipueiras o lugar do qual a núcleo famílar se espalhara a partir do filho do coronel Aristides Xavier de Sousa, que inclusive, nascera no solo aurorense. Portanto, compondo o quadrilátero genealógico original  da boa cepa Xavier: Portugal, Aracati, AURORA e Ipueiras.
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Da Redação do Blog de Aurora e do site Cariri de Fatos.
Fotos: JC e João Silva
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Um comentário:
Vanilda disse...
É muito prazeroso saber destes acontecimentos; reviver passados, ainda mais quando se tratado em subtil detalhes: Quem é quem? De onde veio pra onde vai? A história de geração em geração... Lógico que isto não acontece pelo simples fato da existência mas pelo trabalho de grandes profissionais em pesquisas, historiadores. Alguém que não mede esforços em sua arte de levar a cultura ao povo.
Parabéns!
Vanilda SP.(aurorense)